domingo, 23 de junho de 2013

Lutando contra demônios invencíveis

Luto todos o minutos do meu dia contra minha maldita cabeça. Às vezes penso que só pode ter algo de errado comigo. Vejo as pessoas conversando despreocupadamente no bar, comendo despreocupadamente no shopping, tocando violão e cantando despreocupadamente na praça. Por que só eu não consigo ficar despreocupada? Sei lá, esquecer o caos do mundo, da família deficiente, das amigas que não entendem, do dinheiro que falta, da profissão incerta, da pobreza, do egoísmo, da tristeza, da dor que não alivia. Fico pensando no resto desse dia terrível, nas horas que não passam, no próximo mês que vai ser igual e nas sensações repetidas do próximo ano que continuarão a perturbar meu peito. Devia ter uma pílula mágica, um tratamento, uma solução. Devia ter uma porra de uma solução para acalmar esses demônios que me incomodam de dia, tarde, noite, madrugada, primavera, verão, outono, inverno. Sossego, é apenas isso que eu anseio. Minha fraqueza exposta e pronta para ser explorada, reforçada e intensificada pelo ser humano que mais me machuca: eu mesma. Minha cabeça inventa demônios e assassina deuses. Minha cabeça envenena meu coração. Minha cabeça fode minha alma que é ingênua e persistente e continua procurando no inferno dos meus pensamentos traidores, um segundo de paz.

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